Estão abertas as inscrições para a quarta edição do Fórum Rio, encontro de instituições da sociedade civil realizado pela Casa Fluminense com o objetivo de discutir políticas públicas para a Região Metropolitana do estado. O papel da capital do Rio de Janeiro, sua relação com a periferia e a necessidade de investimentos na Zona Oeste estão entre os temas em debate no próximo dia 21 de março, no Colégio Estadual Stuart Edgar Angel Jones, em Senador Camará.
O Secretário Executivo de Coordenação de Governo da Prefeitura do Rio, Pedro Paulo Carvalho, confirmou presença no evento, que terá debates simultâneos pela manhã e plenária à tarde, seguida de programação cultural com apresentação de DJs e leitura de poesia.
Em entrevista ao Vozerio, o coordenador executivo da Casa Fluminense, Henrique Silveira de Souza, explicou os objetivos do encontro: "Queremos fortalecer a articulação entre as organizações da sociedade civil, principalmente da Zona Oeste, e entregar o documento Agenda Rio 2017 à prefeitura do Rio de Janeiro".
Criada em 2013 pela Casa, a Agenda Rio 2017 tem sido alimentada com novas propostas em parceria com instituições e colaboradores. O objetivo é consolidar uma pauta comum voltada para conquistas políticas e sociais e um melhor desenvolvimento do Rio. Segundo Henrique Silveira, a presença da Prefeitura é fundamental para a discussão da Agenda, organizada em seis metas prioritárias para adensar uma pauta progressista para o estado e sua região metropolitana.
"Vemos hoje uma expansão horizontal, mas deveríamos utilizar áreas já urbanizadas." Henrique Silveira, da Casa Fluminense
A primeira delas é a necessidade de um plano diretor metropolitano de diretrizes para a região, com a participação do estado, da prefeitura e da sociedade. “Audiências públicas nos diversos municípios e um mecanismo de consulta on-line são dois instrumentos necessários. Não basta apenas ouvir, temos que incorporar as propostas para que a sociedade se reconheça no plano”, completa o coordenador da Casa Fluminense. Ao lado disso, está um plano de metas e transparência para comunicar o alcance e o andamento dos projetos.
Outra meta é a criação de um programa de igualdade territorial para priorizar o investimento público em regiões mais vulneráveis. “A Zona Oeste hoje tem hoje os piores indicadores do estado. A concentração de investimentos na Barra da Tijuca é um modelo de cidade que reforça a desigualdade”, explica Henrique. Em lugar da expansão para regiões ainda não ocupadas, a Casa Fluminense defende a revitalização de bairros antigos da Zona Norte e Oeste. “Vemos hoje uma expansão horizontal, mas deveríamos utilizar áreas já urbanizadas.”
Segurança pública
A segurança pública é também assunto especial dentro da região metropolitana. A Baixada, por exemplo, tem os maiores índices de homicídio. Por isso, um programa de redução de homicídios para a região está na Agenda Rio 2017. “Vamos realizar o Fórum na Zona Oeste justamente para chamar atenção para essa realidade. Lá existem áreas de ocupação antigas, para onde deveriam convergir maiores investimentos do poder público”, afirma Henrique.
A ênfase no trem como eixo fundamental no transporte da na metrópole – ao lado de outros meios, como o BRT, ciclovias e carros – e a despoluição da baía de Guanabara fecham as prioridades do documento.
O coordenador também comentou a importância da Câmara Metropolitana de Integração Governamental, criada em 2014, como um organismo fundamental para uma gestão metropolitana efetiva e um plano diretor que contribua de fato para o desenvolvimento da região. “Nós [da Casa Fluminense] temos dialogado com a Câmara como sociedade civil e como ator interessado na discussão. Queremos colaborar, em certa medida, com o poder público e ver essa Câmara consolidada”.
Para ver a programação completa do dia 21, acesse: http://casafluminense.org.br/inscricoes-abertas-para-o-4o-forum-rio/
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