Com a aproximação da Rio 2016, a Casa Pública, em Botafogo, prepara uma programação especial. O espaço abrigará residências, exposições interativas e laboratórios de jornalismo com objetivo de mostrar o impacto dos jogos na vida dos cidadãos.
Foto: Manifestação contra a realização das Olímpíadas na praia de Copacabana (Tomaz Silva / Agência Brasil)
Quatro jornalistas estrangeiros terão uma missão especial durante a Rio 2016. Eles serão selecionados para cobrir os jogos olímpicos com um olhar voltado para questões relacionadas aos direitos humanos. Batizado de Residência Pública, o projeto é promovido pela Casa Pública, espaço dedicado à atividade jornalística inaugurado em março no bairro de Botafogo. A iniciativa tem inscrições abertas até o próximo dia 12/5. Já a lista de profissionais selecionados sai no dia 20.
Além desse projeto, outros eventos devem movimentar a Casa Pública nos próximos meses. Um exemplo é uma entrevista aberta ao público com o quarteto de fotojornalistas formado por Ana Carolina Fernandes, Carlos Junior, Kátia Carvalho e Luiz Baltar. A conversa acontece no próximo dia 14/5 no casarão no nº 81 da rua Dona Mariana.
“Fazer conversas públicas e trazer a participação para o mundo offline é uma das possibilidades que mais nos motiva", afirma Natalia Viana, codiretora da Agência Pública, lançada em São Paulo há cinco anos. "Quando o nosso conteúdo viraliza, podemos conversar cara a cara com nossos leitores e outros jornalistas”, explica ela. Natalia tem uma visão crítica em relação à Rio 2016. “As Olimpíadas encerram um ciclo de transformações que afetou negativamente milhares de brasileiros”, argumenta.
Aquecimento
Na Casa Pública, o aquecimento para a maratona olímpica já começou. Em cartaz no local, a exposição fotográfica "Legados" apresenta uma retrospectiva da cobertura independente de megaeventos recentes. A mostra reúne imagens que retratam episódios de violência durante a Copa do Mundo em 2014 e o período pré-olimpíada. Fotógrafos como João Roberto Ripper e coletivos como a Mídia NINJA — além de muitos outros nomes que registraram abusos nessa época — são alguns dos autores das obras expostas.
No início de julho, a Casa abrigará também uma exposição interativa com reportagens sobre a Copa e Olimpíadas. Uma dela será parte do trabalho desenvolvido pela jornalista colombiana Olga Lucía Lozano, fundadora do site La Silla Vacía e vencedora do Prêmio Gabriel Garcia Marques em Inovação de 2013. Ela já é residente do espaço e integra um dos laboratórios que estuda a ligação entre direitos humanos e os jogos olímpicos. A ideia é que as reportagens produzidas ao longo desses "labs" tenha formato transmídia, com presença dentro e fora da internet. “O mais importante é ter gente que se engaje na ideia e ajude a construir uma narrativa inovadora usando tecnologia”, resume Natalia.
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