Projeto Preservação da Memória das Olimpíadas: processos e ações, da Fundação Casa de Rui Barbosa, pretende reunir conjunto de documentos com dados confiáveis sobre os preparativos e a realização da Rio 2016, que começa em agosto. Objetivo da iniciativa é contar aos curiosos do futuro como o Rio se transformou em sede de Olimpíada.
Foto: Mascote Vinícius com crianças no Parque Madureira (Rio 2016/Daniel Ramalho)
A Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) está convocando uma seleção de 22 craques para uma tarefa que pode ser chamada de olímpica sem nenhum exagero. Trata-se do projeto Preservação da Memória das Olimpíadas: processos e ações. O objetivo da iniciativa é reunir um conjunto de contratos, atas e outros documentos que forneçam no futuro dados confiáveis sobre os preparativos e a realização da Rio 2016, evento que começa no próximo dia 5/8.
O projeto tem três eixos temáticos básicos: cidade, cultura e esporte. De maio a dezembro deste ano, os especialistas selecionados levantarão dados, localizarão documentos e sistematizarão informações relativas a essas áreas. "Parte dessa documentação está hoje de posse dos órgãos responsáveis pela organização do evento e também deverá ficar disponível em arquivos públicos", explica Lia Calabre, historiadora e presidente da FCRB. No fim, todo o material reunido pelos pesquisadores será disponibilizado em um site. Os interessados em participar do projeto podem acessar o site da fundação para mais informações. As inscrições estão abertas até o próximo dia 25/4.
De acordo com Lia, um dos pontos fortes do projeto é a coleta de depoimentos de vários dos atores envolvidos na transformação do Rio em sede dos jogos olímpicos. A historiadora acredita que essa abordagem permitirá o registro de questões polêmicas envolvidas nesse processo, como as mudanças ocorridas na Vila Autódromo. A favela na Zona Oeste da cidade fica ao lado do Parque Olímpico e tem sido alvo de intervenções urbanísticas por parte da prefeitura.
A proposta de uma série de eventos com seminários e debates sobre o tema na FCRB está na origem da iniciativa, que começa a sair do papel agora. "Das conversas com alguns dos membros da Autoridade Pública Olímpica que também tem uma preocupação com a memória e legado dos Jogos e com o Ministério da Cultura, surgiu a ideia de um projeto maior", explica Lia.
"Em geral, em projetos como as olimpíadas, não há preocupação de se criar um centro de memória, um repositório onde estejam reunidos informações e documentos que possa ser trabalhados por pesquisadores em geral", afirma ela. Com o Preservação da Memória das Olimpíadas: processos e ações, Lia espera suprir essa necessidade e ajudar os pesquisadores do futuro a entender as transformações do presente.
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