Por Julio Bueno
Neste momento em que o Rio de Janeiro e o Brasil vivem uma crise que, no nosso Estado, é agravada pela redução do preço internacional do petróleo e a paralisação dos investimentos da Petrobras, é importante listar alguns (importantes) motivos para uma boa dose de otimismo.
A despeito das dificuldades conjunturais, o momento histórico que vivemos no Rio hoje é, provavelmente, o mais promissor das últimas décadas. Paramos de correr atrás do prejuízo para, finalmente, acertar o passo e nos posicionarmos no século 21 com todas as perspectivas de realização das nossas maiores potencialidades.
A Petrobras tem corpo técnico e musculatura para superar esta que é a maior crise da sua história. No longo prazo, as perspectivas são muito positivas. Segundo projeções da Agência Internacional de Energia, o Estado vai absorver cerca de 80% dos US$ 55 bilhões anuais que o Brasil receberá, no setor petrolífero, até 2035.
Não há dúvida de que o Rio de Janeiro é e continuará sendo o principal destino das empresas estrangeiras que estão vindo para o País para aproveitar as oportunidades que serão geradas pela produção prevista de 6 milhões de barris/dia de petróleo nos próximos 20 anos.
A economia fluminense será, cada vez mais, menos dependente do setor de óleo e gás.
Mais importante que isso, porém, é que a economia fluminense será, cada vez mais, menos dependente do setor de óleo e gás. Está claro que o petróleo ainda terá importância significativa para o nosso desenvolvimento mas, desde 2007, iniciamos um irreversível processo de diversificação da indústria do Estado.
Muito além do petróleo, o Estado está desenvolvendo a sua indústria de transformação e já é um dos principais polos de desenvolvimento tecnológico do País. Além dos muitos centros de pesquisa internacionais que escolheram o Rio para se instalar nos últimos anos, também atraímos importantes investimentos automotivos, com contribuição direta para a economia dos municípios onde as montadoras e seus fornecedores estão instalados, sobretudo no Médio Paraíba.
Nos próximos anos, testemunharemos o desenvolvimento de setores que vinham engatinhando no Estado e ganham crescente importância na geração de emprego e renda, como os segmentos de alimentos, bebidas, cosméticos, farmacêutico e de biotecnologia.
A luta do governo do Estado, iniciada em 2007, de atrair investimentos industriais e desenvolver as indústrias já instaladas em território fluminense, tem tido resultados significativos no mercado de trabalho. A Região Metropolitana do Rio de Janeiro tem, hoje, a maior renda média real entre todas as regiões pesquisadas pelo IBGE.
Essa liderança se repete na indústria, setor no qual, no rendimento, o Rio já supera o estado mais industrializado do País, que é São Paulo. O patamar de nossa taxa de desemprego é cada vez mais baixo, com a consolidação de um mercado de trabalho sólido, aquecido.
Por tudo isso, reitero a minha confiança na continuidade do nosso crescimento. O Estado não é uma ilha e, inevitavelmente, tem sentido o peso das grandes dificuldades que obscurecem, momentaneamente, a economia brasileira. Porém, as importantes mudanças estruturais empreendidas nos últimos anos e que prosseguem em curso vão assegurar ao nosso Estado o futuro que ele merece, com menos desigualdade, mais renda, mais riqueza e desenvolvimento para todos.
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