Faltando apenas um dia para o carnaval, comerciantes e moradores foram prejudicados pelo alto índice de mortandade dos animais. O acontecimento não é incomum na região, mas moradores observam a piora da situação ao longo dos anos.
As margens da Lagoa de Maricá em São José do Imbassaí, região do município de Maricá, amanheceram cobertas por peixes mortos. Savelhas e até bagres de grande porte mortas formavam grandes manchas sobre a água. Segundo moradores, o fenômeno começou ontem (3/2) pela manhã e aumentou ao longo do dia. Hoje, os comerciantes temiam que a contaminação das águas e o mau cheiro acabassem com o movimento de carnaval. "Na terça-feira comprei 50 engradados de cerveja. No dia seguinte, isso começou", lamentou Sergio Magalhães, dono de um dos quiosques instalados à beira d´água.
O carnaval é uma das épocas de maior movimento na região, quando a cidade investe em shows gratuitos para atrair ainda mais turistas. De acordo com o “Estudo de Impacto Econômico Sobre o Comércio no Município de Maricá – Carnaval 2016”, realizado pela Secretaria Municipal Adjuntas de Políticas Especiais, a população maricaense pula de 150 mil para quase 500 mil habitantes durante o período.
A Praia das Amendoreiras foi um dos lugares mais afetados pelo ocorrido. Um dos estabelecimentos mais populares na região é o Quiosque do Carlão, e a balconista Alexsandra Quintanilha se sente apreensiva, mas “se Deus quiser, eles retiram logo tudo isso e nós trabalhamos em paz.”
Ao fim da manhã, funcionários da Secretaria de Obras de Maricá iniciaram a limpeza. O Instituto Estadual do Meio Ambiente (Inea), recolheu amostras de água dos locais afetados para análise, mas o resultado será divulgado dentro de 15 dias. O Vozerio tentou — e não conseguiu — uma entrevista com o secretário de Meio Ambiente, Guilherme Motta. Em nota, a Prefeitura alegou que a mortandade provavelmente se deve a causas já registradas em outras ocasiões: aumento da temperatura, baixa oxigenação da água e aumento expressivo da população. A assessoria afirma que o incidente não é incomum na região e teria relação com os ventos fortes que eventualmente revolvem o fundo e provocam a liberação de algas que consomem o oxigênio da água. Na primeira semana de janeiro, também houve mortes de peixes.
No entanto, no Facebook, a prefeitura admitiu que um volume maior de esgoto sendo despejado de forma irregular no complexo lagunar também poderia ser a causa..
Enquanto isso, os moradores sofrem com as consequências do problema. “O cheiro está insuportável, minha esposa nem conseguiu almoçar”, diz o comerciante Sérgio.
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